Em meados do século XIX um médico Irlandês e professor Chamado William O’Shaughnessy, documentou os “extraordinários” efeitos da planta canabis indicia. Baseado em suas pesquisas em primeira mão com canabis, enquanto ele trabalhava como médico na Índia, O’Shaughnessy elogiou a habilidade da planta no tratamento de convulsões e dor nervosa. Ele também estimulou outros pesquisadores a explorar o potencial medico da planta. De acordo com um abrangente relatório de 2017 sobre canabis médica produzida pela National Academies of Science, Engineering, and Medicine, -( Academia Nacional de Ciência, Engenharia, e Medicina) – não ha evidencia substancial que a marijuana possa ser tratamento efetivo de dor crônica, e também alguns tipos de espasticidade muscular ( em que os músculos ficam excessivamente contraídos causando paralisia) - em adultos com esclerose múltipla. Nos USA e ao redor do mundo canabis é agora o foco de inúmeras tentativas clinicas e outros esforços de pesquisa. Especialistas estão examinando a habilidade da droga de tratar desordens de saúde mental, desordens alimentares, condições neurológicas e muitas outras doenças comuns. Mas enquanto este potencial pode ser ilimitado, a evidencia apoia o use de canabis em apenas umas poucos condições médicas. “Em minha pratica médica vejo muitos pacientes que não respondem bem ás drogas aprovadas pelo FDA” (equivalente a Anvisa), diz Benjamim Cocchiaro, medico, assistente clinico, professor e co-investigador na universidade Drexel , Centro de Pesquisa de Canabis na Filadelfia . Nestas situações a canabis pode ser uma alternativa útil. “ Mas como outras drogas a canabis não funciona para todo mundo”. Ela também vem com riscos que devem ser pesados contra seus beneficios potenciais. A complexidade da planta canabis apresenta desafios. “Existem mais de 70 entidades químicas na canabis, mas ate agora a pesquisa clinica só focalizou uns poucos deles como THC e CBD” diz Brian Hutton, PHD e professor. Adaptado de “Time” edição especial set/2024.

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